Sons confusos e alucinantes
Contornos brancos, vermelhos, sufocantes.
A garganta arde e berra
É um triunfo momentâneo de guerra.
Uiva-se horrivelmente na dor
Opacidade nunca vista, incolor.
Borracha à toa esticada
Atraca-se e é completamente arrebentada.
Pena de um pneu estourado
O carro capota, destroçado.
De dentro sai uma mulher ensaguentada
Este é o seu fim, coitada.
Mas acaba com o estrondo de um trovão
E o que se diz na pronúncia não?
Nada do que se faz no silêncio tardio
O frio, vento vazio.
Contornos brancos, vermelhos, sufocantes.
A garganta arde e berra
É um triunfo momentâneo de guerra.
Uiva-se horrivelmente na dor
Opacidade nunca vista, incolor.
Borracha à toa esticada
Atraca-se e é completamente arrebentada.
Pena de um pneu estourado
O carro capota, destroçado.
De dentro sai uma mulher ensaguentada
Este é o seu fim, coitada.
Mas acaba com o estrondo de um trovão
E o que se diz na pronúncia não?
Nada do que se faz no silêncio tardio
O frio, vento vazio.
Olá.
ResponderExcluirPoema metaforicamente preciso.
A descrição de um barulho que traz a carga de uma dor que dilacera.
O barulho das ruas, hoje em dia, tão comum na urbe.
Tão característico das vias e cruzamentos.
Abç.