sábado, 26 de junho de 2010

Realismo


Nos confins de uma sepultura mal feita, o Romance adormecia e abria espaço para um movimento literário controverso à seu antecessor: Realismo.

Agora já não temos herois divinos, damas intocaveis... mas, sim, o coração putréfico dos homens com seus rancores, amores e traições...

Vivi-se uma vida de rua, jogado na sargeta, comendo batatas...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Camões


Busque Amor novas artes, novo engenho


Busque Amor novas artes, novo engenho

Pera matar-me, e novas esquivanças,

Que não pode tirar-me as esperanças,

Que mal me tirará o que eu não tenho.


Olhai de que esperanças me mantenho!

Vede que perigosas seguranças!

Que não temo contrastes nem mudanças,

Andando em bravo mar, perdido o lenho.


Mas, enquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto

Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como e dói não sei porquê.


Eterno Camões

Coincidências


Algumas vezes as coisas acontecem fora de nosso controle. É tão ilário que rimos. Força de hábito. Nos ricudilarizamos com a fonética da utópica sorte. Sorte. Termo desraigado para quem não tem. Os que a têm por natureza nem percebe o quão são sortudos. Se saem na rua e encontram uma nota de 100 reais, dizem que foi coincidência passarem por ali.

É válido ressaltar que coincidência é a sorte de escolher, e que por conseguinte não se encontra nada por querer.

Cabe à pessoa se lembrar do que quer, sem se desviar por algum obstáculo. Daí está prudente que ou se acidente, ou tem sorte. Que coincidência!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Camões

"Amor é fogo que arde sem se ver

É ferida que dói e não se sente

É um contentamento descontente

É dor que desatina sem doer"


Um dos mais bem aclamados poetas lusitanos

e com honra lhe presto esta singela homenagem

Amanhece



Dias de desesperos esquecidos

transtornos decorridos...


É o início de um novo fim...

pelo menos é bom enquanto não acabar!